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Cresce uso do Big Data na apuração de fraudes, mostra estudo


Levantamento global realizado pela consultoria Protiviti mostra que 66% dos processos ligados à auditoria interna já são realizados com o apoio do big data. A pesquisa ouviu mais de 900 profissionais de auditoria interna em todo o mundo para saber o grau de usabilidade da análise de dados na detecção e prevenção de fraudes e corrupção.

 

Segundo os entrevistados, o principal benefício de usar a tecnologia na apuração de fraudes é a possibilidade de obter uma visão em tempo real dos riscos organizacionais e de realizar pré-auditorias baseadas em riscos.

Apesar da tendência positiva, 34% dos departamentos de auditoria não empregam a análise de dados como parte dos processos de auditoria e, entre aqueles que já usam o big data, apenas 10% conseguem classificar as funções da ferramenta em termos quantitativos.


No Brasil, por exemplo, a Protiviti afirma que as áreas de auditorias de bancos, de hospitais e de empresas de telecom estão mais propensas a utilizarem os recursos do big data. Mesmo incipiente, o país tem um case de sucesso simbólico no que tange à adoção de data analytics. “A inteligência de cruzamento de informações da Lava Jato, por exemplo, utiliza o analytics” destaca Alessandro Gratão, líder das práticas de Auditoria Interna e Financial Advisory na operação brasileira da Protiviti.


Funcionalidades

O estudo mostra que os recursos do big data estão sendo usados mais na busca de pista de anomalias financeiras, como, por exemplo, o controle de alçada em pedidos de compras, duplicidade, pagamentos em desacordo com critérios contratuais, revisão da folha de pagamentos, entre outras inconsistências ocorridas em operações contábeis.


O desafio para 60% dos auditores entrevistados é identificar onde estão os dados, enquanto 56% apontam as limitações dos seus sistemas. Apenas 22% dos executivos ouvidos classificam a qualidade dos dados como excelente ou boa.


Brian Christensen, vice-presidente executivo de auditoria interna e assessoria financeira global da Protiviti, comenta que os departamentos de auditoria interna começam a adotar a análise de dados, mas o caminho entre teoria e prática é longo. “Há uma ala de profissionais de auditoria que consideram o uso do data analytics valioso. Em contrapartida, há uma que necessita de apoio para materializar as informações extraídas do big data”, explica.


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